sexta-feira, 25 de outubro de 2019

ESTÁGIO ENSINO FUNDAMENTAL I


CARACTERIZAÇÃO LOCAL DE ESTÁGIO
            O estágio do Ensino Fundamental I do 6° semestre foi realizado na escola EMEF Maria Pavanatti Fávaro, com carga horária de 32 horas em observação e participação. 
A escola municipal fica localizada na Avenida José Oliveira Carneiro, nº 2 no bairro Jardim São Cristóvão, na cidade de Campinas - SP, 13056-270, próxima ao aeroporto de Viracópos.
“Por atos legais, a EMEF Maria Pavanatti Fávaro, tal como a conhecemos, foi criada em 1983 e, desde então sua estrutura contou com inúmeras transformações em sua configuração original, sempre acompanhando as necessidades de demanda do bairro onde estava instalada: O Jardim São Cristóvão.
Chegou também e abrigar o 10º Centro Supletivo, dai a tradição na Educação de Jovens e Adultos.
Segundo relatos do professor Edson, professor e morador da região, muitos bairros do entorno recebem o “sobrenome” de "Viracopos" ou então nomes alusivos ao aeroporto pois o desenvolvimento da região está diretamente ligado ao maior terminal de cargas aeroportuário da América Latina: Jardim Aeronave Viracopos, Jardim Planalto de Viracopos, entre outros. Interessante, pois o próprio São Cristovão é o santo padroeiro dos motoristas e viajantes (ou seja, mais uma relação com o aeroporto).
Conforme a região se desenvolvia, mais e mais trabalhadores eram atraídos para cá e, com isso, o adensamento demográfico e consequentemente a maior demanda por vagas. Com a demanda, a necessidade de ter mais salas de aula. E, com isso, dá-lhe puxadinho, telhadinho, salinha pra lá, murinho pra cá, e a escola foi ganhando uma (des) caracterização que chegou ao que é hoje. Atingiu o ápice da ocupação com 4 períodos e todos os espaços ocupados densamente. Vem modificando essa lógica aos poucos, (re) discutindo qualidade, de maneira negociada, galgando seu espaço junto à comunidade e os atores que a compõe. ”
(Projeto Político Pedagógico. EMEF Maria Pavanatti Fávaro, 2018).
Art. 32. LDB 9394/96 O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: (Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006).                                 
- Desenvolver a capacidade de aprender, objetivando o domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
- A compreensão do espaço em que está inserido na sociedade, das relações socioeconômicas e políticas, das tecnologias e seus usos, das artes, dos valores e princípios que fundamentam a sociedade;
- A aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores, perpassando pela consciência e valorização dos bens públicos;
- A valorização e respeito ao outro, cultivando a cultura de paz;

Biblioteca

Leitura


Essa é a Biblioteca, os alunos levam livros para casa e podem trocar uma vez por semana. Os alunos também receberam o livro ler e escrever, nele há contos, histórias, poesias, cantigas, parlendas, fábulas e obras de autores clássicos da literatura. 
A partir disso a professora trabalha produção de texto, oralidade, leitura na sala, interpretação de texto, ditados, apresentações e pede a colaboração da família para ajudar em casa, ou ao menos lembra-los de ler o livro que levou para casa, gibis, histórias, o importante é melhorar e trabalhar da melhor maneira a Linguagem.
         

MATEMÁTICA
A geometria foi uma questão de prova, apareceram algumas formas geométricas, com  instruções, como a seguir na imagem  abaixo:

Geometria

Nesse período também foi trabalhada a questão dos números, a leitura oral e escrita, ordens, sequências numéricas, cálculos de adição, subtração e problemas de multiplicação.


Atividade de problemas com multiplicação


HISTÓRIA
Foram contempladas através de atividades as moradias do passado das cidades grandes, rurais, indígenas e sob a água. Com isso os alunos o viram o lugar em que vivem, as culturas, as diferenças das moradias, e os grupos sociais que vivem nelas.


Atividade reflexiva sobre os diversos tipos de moradias


Confecção moradia
Confecção de variados tipos de moradias 




LIVRO EMAI
A professora da sala diz que o livro EMAI é mais curto, objetivo, interativo, com lições de casa e atividades práticas  do cotidiano do aluno.
Livro EMAI do 3º ano

CULTURA INDÍGENA
A docente da sala passou o filme Rio 2 que com objetivo de mostrar a Amazônia, como exemplo de onde vivem alguns grupos indígenas, problematizar que o homem desmata e a questão de alguns animais estarem em extinção. Já a professora de Artes passou o filme Tainá 1, que, mostra a cultura indígena e relata o drama da pequena índia tentando salvar a floresta.


Eu junto ao 3ºano  no dia do filme

3ºano assistindo ao Filme

Os nativos de kariri Xocó vieram de Alagoas para fazer uma demonstração de suas, danças, cantos, instrumentos produzidos por eles, falar sobre sua cultura, responderam à pergunta dos alunos e fizeram uma reflexão sobre sua cultura.
Nativos Kariri Xocó


ASSEMBLEIA
Os alunos sentam em roda, discutem os temas mais importantes para escola como um todo e da classe, depois os representantes da classe levam o tema abordado para uma assembleia dos representantes da escola toda, discutem anotam e trazem para classe e falam todos os outros temas e questionamentos que foram relatados nessa assembleia da escola.

PAULO FREIRE
Quando entrei na escola a orientadora pedagógica, muito querida, inteligente, e acolhedora me deu uma agenda da escola, ali fiz meu diário de campo. Abri a primeira página e tinha uma imagem com um texto de Paulo Freire. Seria isso um acaso? Ou um sinal? Eu não sei, mas eu adotei como referência e embasamento para meu estágio

Primeira página da agenda com o texto de Paulo Freire


Docência sem discência: Na relação entre professor e aluno se faz necessário à troca mútua de saberes, uma vez praticada esta relação proporcionará uma nova aprendizagem, sendo que o educador deixará de ser um mero transmissor de conhecimento e o aluno um sujeito, apenas receptor. Havendo essa relação ocorrerão novas aprendizagens, estás sendo significativa para ambos. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprende. (FREIRE,1996, p 23).

CONSIDERAÇÕES
            O estágio mostrou um pouco mais da relação entre professor e aluno, os métodos adotados no dia-a-dia, percebi como se dá na prática a dinâmica em sala no ensino fundamental, mas não posso tirar conclusões precipitadas, levando em consideração que eu fiz o estágio no terceiro ano, cada professor é diferente, cada ano tem seus conteúdos, cada escola tem seu jeito de atuar.
O professor deve refletir sua prática, o professor não é um formador autoritário, não é reprodutor, é um ser inacabado, em constante transformação, deve ouvir o aluno, trazer significado, aprender ensinando, e aprendendo com seus alunos, levando em consideração suas vivencias.

O professor não é dono do conhecimento, e nem cabe a ele a depositar todo esse conhecimento para que os alunos guardem na cabeça.
Isso é um falso ensinar, onde o professor está na sala de aula apenas falando ou escrevendo, transmitindo sem conhecimento, apara dentro do cérebro dos alunos absorver esse conhecimento bancário. O professor deve ser criativo, o aluno deve ser curioso, ter a audácia de perguntar ir além tirar do professor o que ele tem de melhor, essa rebeldia que imuniza a educação bancaria.
Alunos no cotidiano da sala de aula

O professor deveria ouvir mais os alunos, acolher as dúvidas geradoras te outros temas, aceitar os desafios, não apenas dizer, isso não tem nada a ver com a matéria, ou dizer, quem está falando agora sou eu, depois agora não é hora disso.

O professor tem que levar os alunos a criticidade, ao questionamento, instigar, os professores e alunos precisam construir conhecimento juntos, sendo assim os alunos não podem ser submissos ao professor, porque este tem que ensinar a pensar, por meio de desafios, para levar a raciocínios corretos. O Docente tem que se atualizar, ficar sabendo das diretrizes, que mudam, as leis, e saber o que é BNCC, estabelecendo relações com o que acontece no contexto do aluno. O professor não deve ser maniqueísta, utilizar a memorização ele precisa entender o que está ensinando para que os alunos aprendam de forma significativa.
Professor não é um ser superior, é um amigo que ajuda no caminho.



Alunos brincando de guerrinha de travesseiro


REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz eTerra, 1996.
Lei de Diretrizes e Bases da Educação LDB artigo 32, lei nº 9394/96.
 Acesso em 18/10/2019: https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11691412/artigo-32-da-lei-n-9394-de-20-de-dezembro-de-1996
Projeto Político Pedagógico. EMEF Maria Pavanatti Fávaro, 2018. Acesso em 11/11/2019:
https://pponlinesme.campinas.sp.gov.br/homologados/visualizacao-publica.php